Exército terá encontrado cadáveres de reféns israelitas na Faixa de Gaza
O exército israelita disse hoje ter encontrado na Faixa de Gaza cadáveres de reféns do seu país raptados por comandos do Hamas, durante o ataque de 07 de outubro em Israel.
© Ahmad Hasaballah/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"Realizámos alguns ataques na Faixa de Gaza para localizar reféns e sequestrados", disse o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz do exército israelita.
Durante estes ataques, foram encontrados "cadáveres de israelitas que tinham sido raptados", acrescentou o militar, num 'briefing' no Ministério dos Negócios Estrangeiros, sem adiantar mais detalhes.
O ataque do Hamas em 07 de outubro, no território israelita, provocou mais de 1.300 mortos, a maioria civis, incluindo crianças.
O exército israelita confirmou hoje que identificou "mais de 120 civis" mantidos como reféns em Gaza, onde o Hamas ameaça executá-los. Centenas de pessoas continuam desaparecidas e os corpos das que foram dadas como mortas ainda estão a ser identificados.
O exército israelita bombardeia há dias a Faixa de Gaza como retaliação, um pequeno e pobre território sitiado entre Israel e o Egito, e já matou mais de 2.200 palestinianos do lado palestino, a maioria deles civis, incluindo 724 crianças, segundo as autoridades locais.
Pelo menos cinco israelitas e quatro estrangeiros mantidos reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza foram mortos durante os ataques israelitas nas últimas 24 horas, disse hoje o braço militar do movimento islâmico palestiniano.
Estas novas mortes elevam para 22 o número de reféns do Hamas mortos em ataques desde o início da guerra, há uma semana, segundo o Hamas.
O exército israelita atingiu "vários milhares" de alvos em Gaza, disse o tenente-coronel Peter Lerner.
Se o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza está, segundo ele, "em desordem", sem "nenhuma ideia da situação à superfície" desde que "escapou para os túneis", o porta-voz militar afirmou que a ofensiva contra este território não começaria no domingo, por razões humanitárias.
"Continuamos a dar tempo aos civis para deixarem locais que acreditamos que o Hamas está a utilizar para a sua infraestrutura terrorista", comentou.
O grupo islamita Hamas lançou há uma semana um ataque surpresa contra Israel com milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
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