"O Hamas não defende o direito do povo palestino à dignidade e à autodeterminação", disse Biden a Mahmoud Abbas, de acordo com um comunicado da Casa Branca divulgado hoje sobre a conversa entre os dois líderes.
No mesmo telefonema, o presidente norte-americano também se comprometeu a fornecer o seu "apoio total" à Autoridade Palestiniana no seus esforços para fornecer ajuda humanitária aos civis na Faixa de Gaza.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, que designou como operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de 'rockets' e a incursão de combatentes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas que, recordou, foi internacionalmente classificado como organização terrorista.
Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou até agora 1.400 mortos e mais de 3.000 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde confirmou hoje que, em Gaza, os ataques da retaliação israelita fizeram pelo menos 2.215 mortos e 8.714 feridos e que também se registaram 47 mortos na Cisjordânia, bem como cerca de 600 feridos.
Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, cerca de 1.200 combatentes do Hamas foram igualmente abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita.
[Notícia atualizada às 00h02]
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