A estação televisiva não forneceu pormenores sobre o encontro, mas difundiu imagens de Abdolahian e Haniyeh, que reside em Doha e a partir dali dirige o gabinete político do movimento islamita, com o beneplácito do Governo do Qatar, que considera o Hamas um interlocutor válido na Faixa de Gaza e acolhe a sua sede há uma década.
A visita do chefe da diplomacia iraniano ao Qatar ocorre também um dia depois da do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
Este terá sido o primeiro encontro público de Haniyeh com um alto responsável governamental após o ataque surpresa do Hamas a Israel de há uma semana, em 07 de outubro, que se saldou em 1.400 mortos no Estado hebraico e desencadeou uma feroz resposta contra a Faixa de Gaza, onde já vez mais de 2.200 vítimas mortais.
O líder do Hamas já falou por telefone, no próprio dia 07 de outubro, com o Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, para discutirem "os acontecimentos na Palestina", de acordo com a comunicação social iraniana, que não forneceu mais informação sobre a conversa entre os dois políticos.
Teerão é um dos principais aliados do movimento islamita Hamas e lidera o chamado Eixo da Resistência contra o Estado judaico, seu inimigo.
O Irão saudou a operação do Hamas contra Israel com felicitações e fogo-de-artifício nas ruas da capital iraniana.
A República Islâmica do Irão e Israel são inimigos figadais, representam uma ameaça existencial um para o outro, competem pela hegemonia regional e travam uma guerra encapotada, com ciberataques, assassínios e operações de sabotagem.
Nesse conflito "na sombra" e para expandir a sua influência regional, Teerão apoia grupos como o Hezbollah libanês, o movimento palestiniano Hamas, a Jihad Islâmica e os rebeldes Huthis no Iémen.
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