"A OMS apela ao Hamas para libertar os reféns civis", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, que descreveu os ataques do movimento palestiniano contra Israel como "injustificados", "horríveis", "bárbaros e que devem ser condenados".
O líder da OMS acrescentou que estava "muito preocupado" com os ataques israelitas a civis palestinianos.
"Civis e crianças inocentes estão a pagar o preço", alertou Tedros Ghebreyesus, na Cimeira Mundial da Saúde, em Berlim.
A OMS "continua a apelar a Israel para que respeite as suas obrigações ao abrigo do direito internacional de proteger os civis e as infraestruturas de saúde", sublinhou.
A guerra entre Israel e o Hamas, que deixou milhares de mortos de ambos os lados, foi desencadeada após um ataque sangrento e sem precedentes lançado em 7 de outubro pelo Hamas contra o território israelita a partir da Faixa de Gaza, sob o controlo do movimento islâmico palestiniano.
Confrontados com ataques aéreos de retaliação israelitas contra a Faixa de Gaza e após apelos do exército para evacuar o norte do território palestiniano, mais de um milhão de pessoas foram deslocadas numa semana neste território de 362 km2, que tem um total de 2,4 milhões de habitantes, de acordo com a ONU.
"Pedir a 1,1 milhão de pessoas que se desloquem de norte a sul em tão pouco tempo criará uma tragédia humanitária", alertou o chefe da OMS.
Cerca de 155 pessoas foram raptadas pelo Hamas, segundo os últimos números fornecidos por Israel, que anunciou ter encontrado "cadáveres" de reféns durante incursões em Gaza.
O Hamas relatou 22 reféns mortos em ataques israelitas.
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