"A China está disposta a envidar todos os esforços, com a máxima sinceridade, para alcançar uma reunificação pacífica. Ao mesmo tempo, tomaremos todas as medidas necessárias para salvaguardar a nossa soberania nacional e integridade territorial e opormo-nos à independência de Taiwan", declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa.
Na semana passada, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse, na abertura da sessão plenária da Assembleia Popular Nacional (APN), que termina na terça-feira, que a China vai "avançar firmemente a causa da reunificação" e opor-se a quaisquer "atividades separatistas".
Na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reiterou que "apoiar a independência de Taiwan significa interferir nos assuntos internos da China".
Após a vitória comunista na guerra civil chinesa (1927-1949), as tropas nacionalistas, lideradas por Chiang Kai-shek, fugiram para a ilha de Taiwan, que desde então é governada de forma autónoma, com um sistema político, económico e social diferente do da China continental e com as suas próprias Forças Armadas.
As autoridades comunistas consideram a República Popular da China como o único representante legítimo da China no mundo e consideram Taiwan "parte inalienável" do território chinês, o chamado "princípio de uma só China", uma das bases da política externa de Pequim.
Em 2016, e na sequência da chegada ao poder do Partido Democrático Progressista (DPP, pró-independência), a China decidiu aumentar a campanha de pressão sobre Taiwan para dissuadir as "forças separatistas" na ilha, sem renunciar ao uso da força para assumir o controlo do território.
O Governo taiwanês, atualmente liderado por William Lai, insiste que não há necessidade de declarar formalmente a independência de Taiwan porque a ilha já é um país independente de facto sob o nome de República da China.
Leia Também: EUA vão acelerar fornecimento de armas a Taiwan após guerra na Ucrânia