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Irão alerta para "ação preventiva" contra Israel nas próximas horas

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hosein Amir Abdolahian, alertou para uma possível "ação preventiva" nas próximas horas por parte de grupos de "resistência" contra Israel se os ataques em Gaza continuarem.

Irão alerta para "ação preventiva" contra Israel nas próximas horas
Notícias ao Minuto

07:13 - 17/10/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Uma possível ação preventiva por parte da resistência é esperada nas próximas horas", disse Abdolahian na televisão estatal iraniana, na noite de segunda-feira.

O chamado Eixo da Resistência é uma aliança informal liderada pelo Irão e composta por organizações militantes islamitas como o movimento xiita libanês Hezbollah, o movimento palestiniano Hamas e a Jihad Islâmica.

O chefe da diplomacia iraniana garantiu que os "líderes da resistência não permitirão que o regime sionista faça o que quiser em Gaza" e sublinhou que têm "a capacidade de travar uma longa guerra com o inimigo".

O líder do Hezbollah "disse que se não tomarem medidas preventivas, terão que lutar contra as forças sionistas em Beirute", capital do Líbano, disse Abdolahian, que se encontrou com Hassan Nasrallah há alguns dias.

O Irão alertou em várias ocasiões que se o bombardeamento e o cerco de Israel à Faixa de Gaza continuarem, poderão surgir outras frentes no conflito.

Hosein Amir Abdolahian já tinha anteriormente dito que "o tempo para soluções políticas está a esgotar-se; o provável alargamento da guerra a outras frentes está a tornar-se inevitável".

Na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha avisado o Irão e o Hezbollah para não colocarem à prova o exército de Israel no norte do país.

O movimento islamita Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel, com o lançamento de milhares de mísseis e a incursão de milicianos armados, que mataram 1.400 pessoas.

Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas na Faixa de Gaza, que identificou como pertencendo ao Hamas, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques de retaliação efetuados desde 09 de outubro mataram mais de 2.800 pessoas, na sua maioria civis palestinianos, incluindo centenas de crianças, segundo as autoridades palestinianas locais.

Benjamin Netanyahu afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas e o exército israelita tem vindo a preparar uma ofensiva terrestre no pequeno enclave de Gaza que está sob um bloqueio israelita terrestre, aéreo e marítimo há 15 anos.

Leia Também: Netanyahu avisa Irão e Hezbollah para não desafiarem exército no norte

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