O chanceler alemão, Olaf Scholz, apelou, esta terça-feira, à prevenção de uma escalada do conflito no Médio Oriente, advertindo o Irão e o grupo militante libanês Hezbollah para que não intervenham.
"Advirto expressamente o Hezbollah e o Irão para não intervirem no conflito", disse Scholz, citado pela Reuters, durante uma conferência de imprensa conjunta com o rei Abdullah II da Jordânia, em Berlim.
De realçar que o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hosein Amir Abdolahian, alertou para uma possível "ação preventiva" nas próximas horas por parte de grupos de "resistência" contra Israel se os ataques em Gaza continuarem.
"Uma possível ação preventiva por parte da resistência é esperada nas próximas horas", disse Abdolahian na televisão estatal iraniana, na noite de segunda-feira.
O chamado Eixo da Resistência é uma aliança informal liderada pelo Irão e composta por organizações militantes islamitas como o movimento xiita libanês Hezbollah, o movimento palestiniano Hamas e a Jihad Islâmica.
O chefe da diplomacia iraniana garantiu que os "líderes da resistência não permitirão que o regime sionista faça o que quiser em Gaza" e sublinhou que têm "a capacidade de travar uma longa guerra com o inimigo".
O Irão alertou em várias ocasiões que se o bombardeamento e o cerco de Israel à Faixa de Gaza continuarem, poderão surgir outras frentes no conflito.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha avisado o Irão e o Hezbollah para não colocarem à prova o exército de Israel no norte do país.
Olaf Scholz deverá visitar Israel ainda esta terça-feira para expressar a sua solidariedade ao país pelo ataque do grupo islamita Hamas em 07 de outubro, noticiaram as imprensas alemã e israelita.
Recorde-se que em resposta a este ataque, Israel bombardeou várias infraestruturas na Faixa de Gaza, que identificou como pertencendo ao Hamas, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques de retaliação efetuados desde 09 de outubro mataram mais de 2.800 pessoas, na sua maioria civis palestinianos, incluindo centenas de crianças, segundo as autoridades palestinianas locais.
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