Sete pessoas mortas num ataque atribuído a rebeldes separatistas na Papua
Sete civis foram mortos terça-feira numa mina de ouro na região da Papua, na Indonésia, após um ataque atribuído pela polícia aos rebeldes separatistas do Exército de Libertação Nacional da Papua Ocidental (TPNPB).
© Reuters
Mundo Papua Nova Guiné
Os assaltantes dispararam contra um grupo de trabalhadores de mineração no distrito de Yahukimo informou a polícia indonésia nesta terça-feira.
As autoridades atribuíram o ataque ao Exército de Libertação Nacional da Papua Ocidental (TPNPB), principal grupo separatista comandado por Egianus Kogoya, líder dos rebeldes independentistas da Papua. O grupo assumiu a autoria do ataque.
"Vamos processar os perpetradores e tomar medidas legais contra os separatistas e Egianus Kogoya", disse em comunicado o chefe de um grupo especial formado para perseguir os separatistas na Papua, Faizal Ramadhani.
Cerca de 40 polícias que foram enviados para resgatar os corpos e salvar as vítimas foram atacados pelos rebeldes. "Assim que chegámos lá, a nossa equipa foi atacada e os tiros duraram uma hora e meia", informou Ramadhani.
Sete corpos foram encontrados no local e 11 pessoas foram resgatadas com vida, disse a polícia indonésia, acrescentando que os equipamentos de construção, os camiões e o acampamento dos mineiros foram incendiados.
A maioria dos mortos eram migrantes da província de Celebes do Sul, na ilha de Celebes, no norte da Indonésia. Os separatistas reivindicaram a responsabilidade pelo ataque e disseram que alertaram os migrantes para deixarem a região e todas as províncias de Papua.
A Indonésia "deve abrir imediatamente negociações com a nação da Papua para encontrar uma solução", disse o porta-voz do TPNPB, Elkius Kobak.
Este grupo foi responsável pelo sequestro de um piloto neozelandês em fevereiro de 2023, quando exigiram que a Indonésia reconhecesse a independência da Papua, uma região separada da Papua Nova Guiné, em troca da libertação do piloto.
A Papua é uma região da Indonésia localizada a oeste da ilha da Nova Guiné e composta por seis províncias, é uma antiga colónia holandesa que se declarou independente em 1961, mas a Indonésia assumiu o seu controlo dois anos mais tarde, prometendo um referendo sobre a sua independência. A votação subsequente para continuar a fazer parte da Indonésia, realizada em 1969, foi considerada uma farsa.
A região foi palco de vários ataques mortais nos últimos anos, à medida que a insurgência persiste. Em julho de 2022, dez pessoas morreram quando um grupo de rebeldes atacou um camião que transportava civis e mercadorias.
Em março de 2022, oito trabalhadores de telecomunicações foram mortos a tiros enquanto instalavam torres de comunicação no distrito de Puncak.
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