Apesar das forças de segurança terem sido reforçadas e terem bloqueado as estradas que levam à embaixada, é esperado que o número de manifestantes aumente durante a tarde, numa demonstração da onda de ira do mundo árabe provocada pelo ataque.
Os manifestantes, cujo número foi estimado por uma fonte da segurança da Jordânia citada pela agência de notícias francesa AFP, empunharam bandeiras palestinianas e gritaram palavras de ordem como "Nenhuma embaixada sionista em solo jordano" ou "Nenhuma embaixada americana em solo jordano".
Muitas das pessoas presentes gritaram também contra o Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, chamando-lhe traidor e pedindo ao Rei Abdullah II da Jordânia para "abrir as duas passagens" que ligam o país a Israel.
Fotos do Presidente norte-americano, Joe Biden, e do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, riscadas com as palavras "criminosos de guerra" e "parceiros no crime", em árabe e inglês, também foram brandidas pela multidão.
"Revolução até à vitória" ou "Expulsão do embaixador e fecho da embaixada" de Israel são alguns dos outros cartazes mostrados pelos manifestantes.
A Jordânia, um país ligado a Israel desde 1994 por um tratado de paz, reagiu ao ataque no hospital atribuindo a Telavive a "responsabilidade pelo grave incidente".
O bombardeamento atingiu o hospital na terça-feira, causando centenas de mortos (cerca de 500, segundo o Ministério da Saúde palestiniano), tendo o grupo islamita Hamas acusado Israel pelo ataque, enquanto os israelitas atribuíram a explosão à organização palestiniana Jihad Islâmica, versão que Joe Biden sublinhou hoje apoiar.
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