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Dengue matou 214 pessoas no Burkina Faso desde o início do ano

Uma epidemia de dengue no Burkina Faso já matou 214 pessoas desde 01 de janeiro, principalmente na capital Ouagadougou e em Bobo-Dioulasso, a segunda maior cidade do país, anunciou hoje o Governo.

Dengue matou 214 pessoas no Burkina Faso desde o início do ano
Notícias ao Minuto

14:58 - 19/10/23 por Lusa

Mundo Burkina Faso

De 01 de janeiro a 15 de outubro de 2023, foram notificados 50.478 casos suspeitos de dengue, dos quais 25.502 casos prováveis e 214 mortes, declarou o Governo através de um comunicado.

No documento indica-se que, "só no período de 09 a 15 de outubro de 2023, foram notificados um total de 10.117 casos suspeitos, dos quais 4.377 casos prováveis e 48 mortes".

"A epidemia de dengue continua ativa, com dois epicentros, Ouagadougou e Bobo-Dioulasso", segundo o ministro da Saúde, Robert Lucien Jean-Claude Kargougou.

O ministro salientou que a epidemia de dengue foi acompanhada, desde setembro, pelo aparecimento de outra doença transmitida por mosquitos, a chikungunya.

"De setembro até à semana passada, registámos 207 casos confirmados no nosso país", mas nenhuma morte, disse Kargougou.

"Para responder eficazmente a esta situação sanitária, foram tomadas várias medidas, incluindo a realização gratuita de testes rápidos de despistagem nas unidades de saúde pública", afirmou.

Foi igualmente lançada uma campanha de pulverização de repelentes de mosquitos nas duas cidades mais afetadas.

O Burkina Faso regista casos de dengue desde os anos 60, mas a sua primeira epidemia documentada data de 2017, com 13 mortes.

Transmitido pela picada de um mosquito infetado, o dengue é um vírus que se propaga nos países quentes e ocorre principalmente nas zonas urbanas e semiurbanas, provocando entre 100 e 400 milhões de infeções por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A dengue pode provocar febre alta, dores de cabeça, náuseas, vómitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.

Leia Também: Dengue vai tornar-se numa grande ameaça no sul da Europa, avisa cientista

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