"Início de um esforço". ONU saúda abertura de passagem de Rafah
O responsável pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), Martin Griffiths, saudou hoje a abertura da passagem entre o Egito e Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária.
© Lusa
Mundo Israel/Palestina
"Este carregamento segue-se a dias de negociações intensas e aprofundadas com todas as partes para garantir que as operações de ajuda em Gaza sejam retomadas o mais rapidamente possível e nas condições corretas", declarou Griffiths, que se encontra no Cairo.
De acordo com o OCHA, a primeira caravana de 20 camiões, supervisionada pela ONU, inclui fornecimentos vitais organizados pelo Crescente Vermelho Egípcio (parte das sociedades internacionais da Cruz Vermelha) e pelas próprias Nações Unidas, que entregarão a ajuda ao Crescente Vermelho Palestiniano.
"Estou confiante de que este carregamento é o início de um esforço sustentado para levar fornecimentos essenciais, incluindo alimentos, água, medicamentos e combustível, ao povo de Gaza", disse Griffiths, em comunicado.
O diplomata britânico recordou que, após duas semanas de hostilidades, a situação humanitária na Faixa de Gaza, "já precária, atingiu níveis catastróficos".
"O povo de Gaza sofre há décadas e a comunidade internacional não pode continuar a falhar-lhes", disse o coordenador das operações humanitárias da ONU.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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