Elaheh Mohammadi foi condenada a seis anos de prisão por colaboração com os Estados Unidos, cinco anos por conspiração contra a segurança do país e um ano por propaganda contra a República Islâmica, segundo o Mizan Online.
A fotojornalista Niloufar Hamedi foi condenada a sete anos de prisão por colaborar com os Estados Unidos, cinco anos de prisão por conspiração contra a segurança do país e um ano de prisão por propaganda contra a República Islâmica, acrescentou a mesma fonte, citada pelas agências Efe e AFP.
Em setembro, também Elnaz Mohammadi, do diário Hamamihan, e Negin Bagheri, do jornal Haft-e Sobh, foram condenadas, sendo que terão de cumprir pouco menos de um mês da pena em detenção, declarou o advogado Amir Raisian.
"O resto da pena será suspenso durante cinco anos", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
Durante esse período, as duas jornalistas terão de frequentar cursos de "ética profissional" e não poderão sair do Irão.
Elnaz Mohammadi, irmã de Elahe Mohammadi, foi detida durante uma semana em fevereiro, por um motivo não especificado.
A morte de Mahsa Amini, com 22 anos, depois de ter sido detida pela polícia da moral por alegadamente violar o código de vestuário rigoroso imposto pela República Islâmica, desencadeou manifestações em todo o Irão.
Centenas de pessoas, incluindo dezenas de membros das forças de segurança, foram mortas durante as manifestações.
Milhares de manifestantes foram igualmente detidos, acusados pelas autoridades de participarem em motins fomentados por Israel, o inimigo declarado do Irão, e pelos países ocidentais.
Os meios de comunicação social locais informaram recentemente que mais de 90 jornalistas foram detidos ou interrogados desde as manifestações.
Leia Também: Morte de jovem inspirou solidariedade mas "repressão prevalece no Irão"