Gaza. Papa lamenta "grave situação" e bombardeamento de igreja e hospital
O Papa Francisco lamentou hoje a "grave situação humanitária" na Faixa de Gaza, devido aos confrontos entre Israel e o grupo islamita Hamas, e denunciou o bombardeamento do hospital anglicano e de uma igreja ortodoxa.
© REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Mundo Israel/Palestina
"Mais uma vez o meu pensamento está com o que está a acontecer em Israel e na Palestina. Estou muito preocupado e magoado, a minha oração e a minha proximidade são para todos aqueles que sofrem: reféns, vítimas, feridos e suas famílias", declarou, após rezar o Angelus da janela do Palácio Apostólico, no Vaticano.
O líder da Igreja Católica denunciou "a grave situação humanitária em Gaza" e lamentou a destruição do hospital Al Ahli, da Igreja Anglicana, e da Igreja Ortodoxa de São Porfírio, onde foram mortos pelo menos 18 palestinianos cristãos.
"Renovo o meu apelo para que o espaço seja aberto, para que a ajuda humanitária continue a ser prestada e para que os reféns sejam libertados. A guerra - todas as guerras do mundo, e estou a pensar também nos mártires da Ucrânia - é sempre uma derrota, uma destruição da fraternidade humana. Irmãos, parem com isso", insistiu o pontífice perante centenas de pessoas que o escutavam a partir da praça do Vaticano.
Francisco apelou ainda para um dia de "jejum, oração e penitência" na sexta-feira, 27 de outubro, para rezar pela paz no mundo, ao qual presidirá a partir da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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