As 11 peças estão avaliadas em mais de 60 milhões de euros e a detenção das cinco pessoas traduziu-se no desmantelamento de "uma rede criminosa dedicada ao tráfico ilícito de bens culturais procedentes da Ucrânia", segundo um comunicado da Polícia Nacional de Espanha, que explicou que esta foi uma operação que fez em conjunto com o Serviço de Segurança da Ucrânia.
A primeira peça foi apreendida em 2022 e as restantes foram localizadas em setembro deste ano, quando iam ser vendidas em Madrid.
Os objetos tinham estado numa exposição num museu de Kiev entre 2009 e 2013 e entraram em Espanha antes de maio de 2016, segundo as conclusões da investigação policial.
Após essa exposição, as peças acabaram em poder de um sacerdote ortodoxo, agora detido em Espanha, e que, com a ajuda de outras pessoas, falsificou documentos para criar uma nova origem e propriedade dos objetos.
"Trata-se de peças que não podem ser vendidas através dos canais lícitos habituais, como as casas de leilões. Por isso, as joias foram incorporadas no capital de diferentes sociedades comerciais, criadas para dar uma aparência legal e facilitar assim a compra por um grupo de investidores", explicou a polícia espanhola.
As pessoas que tinham as peças em seu poder pediram a peritos em Espanha relatórios que avaliaram os objetos em mais de 60 milhões de euros.
Todas as peças estão a ser estudadas pelo Museu Arqueológico Nacional espanhol e pelo Instituto do Património Cultural de Espanha, "pelo que a investigação continua aberta", disse a polícia.
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