"Mahamat renova mais uma vez o pedido de longa data da União Africana para o levantamento imediato e incondicional das sanções impostas contra instituições e indivíduos da República do Zimbabué", declarou em comunicado a comissão (secretariado) da organização pan-africana.
A Comissão da UA, que tem sede em Adis Abeba, acrescentou que "o Mahamat continua profundamente preocupado com o impacto negativo que as sanções continuam a ter no desenvolvimento socioeconómico do Zimbabué, no meio da atual crise alimentar e energética mundial".
Reafirmou o "compromisso" da UA em apoiar os "esforços" do Zimbabué "para o levantamento total das sanções".
O presidente da Comissão da UA fez as observações no chamado Dia Anti-Sanções, que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) celebra todos os anos em 25 de outubro a partir de 2019.
O vice-presidente do Zimbabué, Constantine Chiwenga, deverá liderar uma manifestação em Harare, na quarta-feira, contra as sanções impostas ao seu país desde 2000, quando nações como os Estados Unidos, a Austrália, o Canadá, a Nova Zelândia e vários membros da UE as aplicaram devido a violações dos direitos humanos e a fraudes eleitorais.
Tanto a UE como os EUA alargaram as suas sanções este ano, alegando que o país africano ainda não tinha adotado as reformas necessárias para resolver estes problemas.
Embora a UE tenha aliviado as proibições de viagem e o congelamento de bens de funcionários do Governo do Zimbabué, continua a manter um embargo de armas ao país e um congelamento de bens de uma empresa estatal de fabrico e aquisição de armas, a Zimbabwe Defence Industries (ZDI).
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