Algumas famílias de Gaza estão a colocar pulseiras nas crianças de forma a facilitar o reconhecimento dos corpos, caso estas sejam vítimas de bombardeamentos.
Ali El-Daba, de 40 anos, afirmou que viu corpos despedaçados e irreconhecíveis após bombardeamentos israelitas. Por isso, o homem decidiu dividir a família para que não morressem juntos num único ataque, segundo a Reuters. A mulher, Lina, ficou com dois dos filhos no norte de Gaza e o homem mudou-se com os restantes três filhos para Khan Younis, no sul de Gaza.
El-Daba afirmou que se preparou para o pior e, por isso, comprou pulseiras azuis para todos os membros da família. "Se algo acontecer, eu vou reconhecê-los dessa forma", disse.
Outras famílias de Gaza também estavam a usar o método das pulseiras ou a escrever os nomes nos braços, de forma a que o reconhecimento de corpos seja eventualmente mais fácil.
Os palestinianos em Gaza têm vindo a enterrar os corpos não identificados em valas comuns, com um número em vez de um nome.
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