Uma mulher foi considerada culpada de ter ajudado a proceder à mutilação genital de uma menina britânica de três anos, durante uma viagem ao Quénia.
Amina Noor, de 39 anos, foi sentenciada num tribunal de Londres, pelo crime que cometeu em 2006.
Nascida na Somália, a mulher, que vivia em Harrow, no noroeste de Londres, viajou com a criança para o Quénia, onde a levou para uma casa particular e a submeteu a uma circuncisão feminina.
O crime foi descoberto anos depois, quando a menina, já com 16 anos, partilhou com uma professora o processo pelo qual tinha passado. A vítima tem hoje 21 anos e a sua identidade não foi revelada.
Amina disse em tribunal que sujeitou a criança ao procedimento por receio de ser "deserdada e amaldiçoada" pelos membros da sua comunidade.
A arguida descreveu o que tinha sido feito à rapariga como "Sunnah", que significa "tradição" em árabe, e disse que se tratava de uma prática que é efetuada há longos anos no seu país.
A sentença de Amina é única no Reino Unido e a sua sentença pode ir agora até 14 anos de prisão, noticia a Sky News.
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