Gritando "Liberdade para a Palestina", agitando bandeiras palestinianas, os manifestantes encheram as ruas da capital espanhola, numa das maiores manifestações pró-palestinianas em Espanha desde o início do conflito, a 07 de outubro.
"Todos apelam a um cessar-fogo imediato em Gaza", afirmou a ministra do Trabalho espanhola, Yolanda Diaz, que pertence à plataforma Somar, que agrupa partidos de esquerda e extrema-esquerda, e que também participou na manifestação.
A manifestação realiza-se no 23.º dia do conflito em Gaza e depois de, na sexta-feira, as forças armadas israelitas terem intensificado a sua ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza.
"Estou muito preocupada com a minha família porque há quase dois dias que não consigo falar com eles. Há dois dias que não recebo qualquer mensagem deles", disse à AFPTV Nisrin Mashal, uma professora de 45 anos, explicando que tem família em Gaza e na Cisjordânia.
Emilio Gonzalez, um consultor informático de 50 anos, afirmou, por sua vez, que os manifestantes "partilham o sofrimento do povo palestiniano à distância", salientando ainda que espera que os palestinianos tenham "o seu próprio Estado" no futuro.
Em Valência, uma cidade portuária do sudeste de Espanha, outra manifestação pró-palestiniana reuniu vários milhares de pessoas.
Na Grécia e de acordo com os números da polícia grega, 5.000 pessoas manifestaram-se hoje pacificamente em Atenas, apelando ao "fim do massacre dos palestinianos em Gaza".
No sábado, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em apoio aos palestinianos em Londres, França e Nova Iorque.
O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, principalmente civil, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.
Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.
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