As fontes citadas pela AFP disseram que as forças israelitas cortaram a estrada de Salahedine, que liga o norte ao sul da Faixa de Gaza.
A EFE também noticiou a presença de tanques israelitas na principal artéria do enclave palestiniano.
Segundo a agência espanhola, os soldados israelitas controlam agora o território desde a fronteira oriental do enclave até à estrada de Salahedine, na direção da cidade de Gaza.
Situada a sudeste de Gaza, al-Zeitoun, que conta normalmente com mais de 130 mil habitantes, é o maior bairro da cidade, mas a zona atingida por tanques israelitas no domingo é relativamente pouco povoada.
Os tanques, bem como a força aérea israelita, bombardearam a estrada principal ao longo de cerca de um quilómetro, deixando grandes crateras que a tornaram intransitável, segundo testemunhas.
Os tanques israelitas foram colocados em dois setores da estrada de Salahedine, um no cruzamento dos Mártires, situado a 1,5 km da fronteira israelita, e outro a dois quilómetros da fronteira, disse uma fonte à AFP.
As testemunhas não referiram quaisquer combates com combatentes do Hamas, acrescentou a agência francesa.
Israel anunciou na sexta-feira que a ofensiva contra o grupo islamita palestiniano Hamas tinha entrado numa segunda fase e que iria expandir as operações terrestres, após duas semanas de bombardeamentos intensos.
Questionado sobre se poderia confirmar a chegada de tropas à estrada de Salahedin, o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, evitou dar pormenores numa conferência de imprensa e disse que estavam a "fazer progressos graduais".
"A atividade ofensiva intensificar-se-á em função das etapas da guerra e dos seus objetivos", afirmou, citado pela EFE.
As Forças de Defesa de Israel (conhecidas pela sigla inglesa IDF) afirmaram ter atingido 600 alvos em Gaza nas últimas 24 horas.
Os alvos incluem depósitos de armas, dezenas de lançadores de mísseis antitanque e esconderijos do grupo islamita palestiniano Hamas.
A guerra em curso seguiu-se a uma incursão sem precedentes do grupo islamita Hamas em Israel em 07 de outubro, que as autoridades israelitas dizem ter provocado mais de 1.400 mortos.
O Hamas também raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza, um território com 2,3 milhões de habitantes que o grupo islamita controla desde 2007.
Israel tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza desde então, com algumas incursões terrestres no norte do território, numa ofensiva que o Hamas diz ter provocado mais de oito mil mortos.
A comunidade internacional tem apelado para uma trégua que permita prestar ajuda humanitária à população civil de Gaza.
Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.
[Notícia atualizada às 09h53]
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