Segundo a fonte, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP), o número de ataques contra as forças norte-americanas e contra a coligação internacional antijihadista estacionada no Iraque e na Síria aumentou desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, um grupo islamita palestiniano próximo do Irão.
"Entre 17 e 30 de outubro, as forças norte-americanas e da coligação foram atacadas pelo menos 14 vezes no Iraque e nove na Síria", afirmou o responsável norte-americano.
Os ataques foram efetuados tanto com 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) como com foguetes e "a maioria não atingiu o alvo graças às robustas defesas" norte-americanas, acrescentou.
Washington acusa Teerão de estar envolvido nestes ataques por procuração.
Na semana passada, as forças norte-americanas realizaram ataques no leste da Síria contra duas instalações utilizadas pelos Guardas da Revolução Iranianos e "grupos afiliados", de acordo com o Ministério da Defesa dos Estados Unidos.
Sexta-feira passada, o Pentágono afirmou que 21 soldados ficaram ligeiramente feridos nos ataques e que um civil contratado morreu de ataque cardíaco quando se abrigava durante um falso alarme.
O responsável do Pentágono acrescentou hoje que não houve outras baixas.
Washington tem cerca de 900 soldados na Síria e quase 2.500 no Iraque com o objetivo de combater o grupo Estado Islâmico (EI), efetuando frequentemente ataques contra os jihadistas.
Um oficial com grau de major do Exército iraquiano disse à EFE que "quatro mísseis caíram esta tarde perto do perímetro de segurança da base aérea de Ain al-Assad", situada a oeste da cidade de Ramadi, na província ocidental de Al Anbar, "sem causar feridos".
A chamada Resistência Islâmica no Iraque, uma coligação de milícias pró-Irão, reivindicou esta ação, que se soma a mais uma dezena de ataques lançados nas últimas semanas contra instalações com presença dos Estados Unidos, tanto no Iraque como na Síria.
O grupo já ameaçou atacar bases com presença de tropas americanas no Médio Oriente, no caso de Washington intensificar a sua presença militar na região em apoio a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Além disso, a base de Ain al-Assad já foi atacada em numerosas ocasiões nos últimos dias, mas os foguetes e drones lançados até agora caíram em zonas adjacentes ou foram intercetados antes de atingir a base.
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