A ameaça foi feita pelo conselheiro de segurança nacional Tzachi Hanegbi em declarações à imprensa israelita, segundo a agência espanhola EFE.
O conselheiro do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recusou-se a entrar em pormenores sobre a resposta que será dada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
As IDF disseram hoje que intercetaram um míssil terra-terra disparado contra o sul de Israel a partir da zona do Mar Vermelho, no segundo incidente do dia na região.
O míssil foi intercetado pelo sistema antiaéreo Arrow, que foi utilizado pela primeira vez desde o início da guerra com o grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, disseram as IDF em comunicado.
"Além disso, caças da Força Aérea de Israel foram destacados esta manhã devido a uma ameaça aérea identificada na zona do Mar Vermelho e intercetaram ameaças aéreas que voavam na zona", acrescentou o exército.
Os houthis reivindicaram hoje três ataques com mísseis e 'drones' (aeronaves sem tripulação) contra Israel em apoio aos "irmãos oprimidos na Palestina".
O grupo apoiado pelo Irão avisou que as operações "vão continuar" enquanto prosseguirem os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza.
Israel acusou na sexta-feira os houthis de terem lançado mísseis e 'drones' contra território israelita, mas que atingiram duas estâncias turísticas egípcias perto da fronteira entre os dois países.
O incidente provocou seis feridos, segundo as autoridades egípcias.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Lior Haiat, referindo-se ao incidente, acusou os houthis de serem "representantes do regime terrorista" do Irão.
Os huthis realizaram exercícios militares nas montanhas perto da capital do Iémen, Saná, para simular um combate contra Israel, noticiou a EFE, com base em imagens divulgadas hoje.
Os combatentes huthis içaram bandeiras da Palestina durante o exercício e juraram combater pela Mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém Oriental, ocupada por Israel desde 1967.
Os rebeldes huthis controlam Saná e zonas da região norte e do sul do Iémen num conflito iniciado em 2014.
Desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, em 07 de outubro, a guerra já causou milhares de mortos dos dois lados.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, alertou na segunda-feira para os elevados riscos de uma escalada regional.
"Receio que uma escalada abranja toda a região e que o caos da insegurança se espalhe por todo o Médio Oriente", afirmou Mikati à agência francesa AFP.
O partido fundamentalista Hezbollah, ligado ao Irão e apoiante do Hamas, tem bombardeado posições israelitas perto da fronteira entre os dois países, a que Israel responde, registando-se baixas dos dois lados.
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