"No início deste ano, os Estados Unidos anunciaram um conjunto de princípios para o desenvolvimento, a implementação e a utilização responsáveis da IA militar e das capacidades autónomas", referiu, num discurso na embaixada dos EUA no Reino Unido.
O objetivo é que os sistemas de IA na Defesa funcionem em conformidade com o direito internacional e o direito humanitário internacional, explicou.
"Hoje anuncio também que 30 países aderiram ao nosso compromisso de utilização responsável da IA militar, e apelo a que mais nações adiram", revelou, sem indicar quais.
Harris falava no âmbito da Cimeira Internacional sobre Segurança da Inteligência Artificial, que decorre entre hoje e quinta-feira em Bletchley Park, a norte de Londres.
A Casa Branca tem vindo a tomar medidas para garantir que a IA "promova a equidade e os direitos civis", tendo publicado um projeto de "Carta dos Direitos da IA".
Na segunda-feira, presidente norte-americano, Joe Biden, assinou uma ordem executiva para regulamentar o desenvolvimento e aplicação de tecnologias de IA, colocando salvaguardas de privacidade, segurança e equidade e apelando a uma cooperação internacional na matéria.
Harris exortou a uma maior participação da sociedade civil neste propósito, revelando que 10 organizações filantrópicas prometeram 200 milhões de dólares (190 milhões de euros no câmbio atual) para "proteger os direitos dos trabalhadores, aumentar a transparência, evitar a discriminação, impulsionar a inovação no interesse público e ajudar a criar regras e normas internacionais para a utilização responsável da IA".
A vice-presidente deverá participar na cimeira na quinta-feira, juntamente com representantes governamentais de mais de duas dúzias de países, incluindo Canadá, França, Alemanha, Índia, Japão, Arábia Saudita e China, que foi convidada devido aos protestos de alguns membros do Partido Conservador do governo de Sunak.
O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, também deverá debater a IA com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak numa conversa transmitida em direto na quinta-feira à noite.
O magnata da tecnologia foi um dos que assinaram uma declaração no início deste ano, alertando para os perigos que a IA representa para a humanidade.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e executivos de empresas norte-americanas de inteligência artificial, como a Anthropic, a DeepMind e a OpenAI da Google, e cientistas informáticos influentes como Yoshua Bengio também estão presentes.
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