O grupo Iran Human Rights (IHR) [Direitos Humanos no Irão], baseado na Noruega, e outras organizações acusaram o Irão de utilizar a pena capital como meio de semear o medo, depois das manifestações motivadas pela defesa dos direitos das mulheres que abalaram o país durante vários meses, a partir de setembro de 2022.
"A comunidade internacional deve reagir a mais de 60 execuções em 10 meses, o que são dois assassínios pelo Estado por dia", disse o diretor da IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam.
"O silêncio é um consentimento indireto a estes crimes", acrescentou, salientando que o Irão tinha assumido a presidência do Fórum Social do Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas, no início da semana.
As 604 execuções recenseadas pela IHR excedem as 582 registadas em 2022 e a quantidade mais elevada desde 2015, quando se verificaram 972 execuções.
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