Numerosos vídeos publicados nas redes sociais mostraram ativistas em diferentes partes do Reino Unido, agitando bandeiras palestinianas e pedindo "um cessar-fogo imediato", de acordo com a EFE.
Em Piccadilly Circus, no centro de Londres, três pessoas foram detidas após o envolvimento em eventos de protesto, uma delas por exibir uma faixa que poderia incitar ao ódio, segundo a Polícia Metropolitana.
A Scotland Yard acrescentou ainda que os outros dois detidos foram presos por terem cometido ofensas à ordem pública e agredido um agente.
Desde o início do conflito no mês passado, têm sido convocados protestos todos os sábados na capital britânica e em outras cidades do país.
A Stop the War Coalition, uma das organizadoras das manifestações, observou que são esperados vários protestos locais organizados em bairros ao longo deste fim de semana, em vez de uma marcha em larga escala.
Em Londres, milhares de ativistas reuniram-se em Trafalgar Square para iniciar uma marcha liderada pela campanha Solidariedade à Palestina e milhares de outros cidadãos reuniram-se em Manchester, segundo a imprensa local.
Houve também protestos pró-Palestina noutros locais como Belfast, Edimburgo, Cardiff, Liverpool e Leeds, com manifestantes a exigirem um cessar-fogo imediato.
Milhares de pessoas marcharam também hoje nas ruas de Paris para exigir o fim do bloqueio e da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, além de pedirem ao executivo francês uma posição mais firme a favor de um cessar-fogo imediato.
A manifestação, convocada por um grupo de apoio à paz entre Israel e a Palestina formado, entre outros, por ONG, grupos sindicais e alguns partidos de esquerda como o Partido Socialista Francês (PS) ou La Francia Insoumise (LFI), começou a partir da Praça da República em direção à Praça da Nação no início da tarde.
Apesar da chuva que por vezes caiu sobre a capital, milhares de pessoas compareceram à convocatória envergando bandeiras e lenços palestinianos, bem como cartazes e faixas com mensagens de apoio à paz.
As autoridades francesas estimaram o número de participantes em 19 mil, mas as organizações organizadoras apontam para 60 mil pessoas.
Embora o apelo da marcha fosse a favor da paz e do cessar-fogo, também se ouviram gritos contra Israel e críticas à posição do executivo do Presidente francês Emmanuel Macron, face à crise que se desencadeou em consequência dos ataques.
A manifestação de hoje, que decorreu com tranquilidade, foi autorizada apesar de, após os ataques terroristas do Hamas, o Governo francês ter proibido mobilizações a favor dos palestinianos para evitar a possibilidade de atos violentos e anti-semitas.
Apesar desta proibição, que foi alvo de críticas de organizações como a Amnistia Internacional, nos dias seguintes ocorreram algumas manifestações em diversos pontos do país.
A 07 de outubro, o Hamas efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
Em 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre que já avançou até à Cidade de Gaza, a principal cidade da Faixa de Gaza.
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