HRW apela ao fim do envio de armas para Israel e grupos palestinianos
A organização Human Rights Watch (HRW) apelou hoje aos aliados de Israel e aos apoiantes das milícias palestinianas para que parem de enviar armas devido ao "risco real de serem utilizadas para cometer abusos graves".
© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Num comunicado, a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos recordou que tanto os israelitas como os palestinianos são responsáveis por "abusos graves que equivalem a crimes de guerra".
A organização referiu-se em particular aos Estados Unidos, ao Reino Unido, ao Canadá e à Alemanha, que apoiam Israel através de assistência militar e de venda de armas e ao Irão, que fornece armamento a grupos palestinianos como o Hamas e a Jihad Islâmica.
"Os Estados Unidos, o Irão e outros governos correm o risco de se tornarem cúmplices de graves abusos se continuarem a prestar assistência militar a infratores conhecidos", afirmou o diretor executivo adjunto da HRW e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Costa Rica, Bruno Stagno, que alertou para o facto de os civis estarem a ser punidos a um nível "sem precedentes" na história recente do conflito israelo-palestiniano.
Breaking: @hrw calls for arms embargo on Israel, cutting arms to Palestinian armed groups. States risk complicity in grave abuses if they continue to provide arms amid atrocities. How many more civilians must be killed before the US & others pull the plug? https://t.co/eLDgGfR2fv pic.twitter.com/vyVWXs3nA3
— Omar Shakir (@OmarSShakir) November 6, 2023
Na sua declaração, a ONG cita como "crimes de guerra" os ataques do grupo islamita palestiniano Hamas contra civis israelitas, a 7 de outubro, que causaram 1.400 mortos e mais de 200 reféns.
Os ataques levaram Israel a declarar guerra ao grupo palestiniano, que controla a Faixa de Gaza, lançando uma ofensiva que já custou a vida a cerca de 10.000 pessoas (muitas delas crianças) - segundo o Hamas - e cercando a população da Faixa, submetendo-a a bombardeamentos constantes.
A HRW recordou ainda as ordens do exército israelita à população de Gaza para abandonar o norte do território, apesar de não haver uma forma segura de o fazer, algo que "ameaça [tornar-se] numa deslocação forçada massiva e num crime de guerra".
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