A exigência teve lugar no mesmo dia em que o Governo venezuelano avançou com uma operação de intervenção do Centro Penitenciário Vista Hermosa, no estado de Bolívar, no sul do país.
"Mão-de-ferro, máxima disciplina e um sistema penitenciário livre de gangues e grupos, esse é o caminho a seguir", disse Nicolás Maduro à televisão estatal venezuelana.
Nicolás Maduro explicou ainda que vai exigir ao ministro do Interior e Justiça, Remígio Ceballos, e à ministra do Serviço Penitenciário, Celsa Bautista Ontiveros, que todos os acusados estejam a cumprir o que foi ordenado pelos tribunais.
"Têm de ser submetidos a um regime de autoexigência, educação e de trabalho. Todos a estudar e a trabalhar", disse.
As autoridades venezuelanas realizaram segunda-feira uma operação de intervenção do Centro Penitenciário Vista Hermosa, no sul do país, a quinta prisão controlada pelos organismos de segurança nos últimos dois meses.
Durante a operação, as autoridades confiscaram 53 armas curtas e oito armas longas, cinco submetralhadoras, 105 lotes de munições, granadas, produtos lacrimogéneos e mais de 30 telemóveis.
Segundo o ministro do Interior e Justiça, Remígio Ceballos, a partir do Centro Penitenciário Vista Hermosa "operava uma estrutura criminosa que realizava atividades proibidas".
Na sexta-feira, as autoridades venezuelanas realizaram também uma operação de intervenção no Centro Penitenciário de Oriente (La Pica), em Monagas (sudeste do país), onde confiscaram armamento, munições e telemóveis. Foram também alvo das mesmas medidas as cadeias de Puente Ayala (em Anzoátegui, leste de Caracas) e Tocuyito, em Carabobo.
As intervenções fazem parte da Operação Guaicaipuro e começaram na prisão de Tocorón, no estado de Aragua (oeste da capital), onde se desmantelou um grupo criminoso chamado Tren de Arágua, com ramificações no Chile, Peru, Bolívia e na Colômbia.
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