Ahmed Tantawy foi detido juntamente com 22 apoiantes, incluindo o diretor de campanha, e levado a um tribunal de contraordenações em Al Matareya, no leste do Cairo.
A sessão no tribunal foi adiada para 28 de novembro, informou o gabinete de imprensa do político, segundo a agência espanhola EFE.
O antigo deputado e o diretor de campanha foram libertados, enquanto os outros 21 apoiantes continuam detidos.
De acordo com a lei eleitoral egípcia, para se apresentar como candidato é necessário obter pelo menos 25.000 apoios em 15 províncias egípcias ou 20 recomendações parlamentares.
A segunda opção não é viável para os opositores devido ao caráter pró-governamental da legislatura egípcia.
Pouco antes do fim do prazo para a recolha de apoios, Tantawy anunciou que só tinha obtido 14.000 e anunciou que se retirava da corrida.
Alegou na altura que as autoridades tinham recorrido à violência para impedir os apoiantes de emitirem documentos a seu favor.
Mais de uma centena de apoiantes de Tantawy foram detidos nos últimos meses, muitos deles no âmbito da campanha de recolha de apoios paralela e não vinculativa, que o próprio Ministério do Interior qualificou de ilegal.
Até agora, apenas quatro políticos conseguiram reunir as condições requeridas para concorrerem às eleições, incluindo o atual Presidente, Abdelfatah al Sisi.
Os restantes são o líder do Partido Social-Democrata Egípcio, Farid Zahran, o líder do partido no poder, Wafd, Abdel Sanad Yamama, e o líder do Partido Popular Republicano, Hazem Omar.
As eleições presidenciais no Egito serão realizadas entre 10 e 12 de dezembro, no meio de uma das piores crises económicas recentes no país.
Segundo a EFE, o atual Presidente poderá ser reeleito, até por surgir reforçado pela gestão que tem feito da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
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