"Os Estados Unidos não querem ver o conflito em Gaza aumentar e expandir-se para o Líbano", disse o conselheiro Amos Hochstein, numa breve declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas.
O conselheiro Amos Hochstein deslocou-se a Beirute, numa visita não anunciada, para debater com o presidente do parlamento libanês e com o primeiro-ministro interino.
Restaurar a calma ao longo da fronteira Sul do Líbano é "de extrema importância", garantiu Hochstein, que falava após a reunião com o presidente do parlamento, Nabih Berri.
O conselheiro de Joe Biden avançou ainda que Berri mostrou-se preocupado com as tensões na fronteira Líbano-Israel, onde os combatentes do grupo Hezbollah trocaram tiros com as tropas israelitas.
Hochstein também esteve reunido com antigo chefe de inteligência do Líbano, Abbas Ibrahim.
Os confrontos ao longo da fronteira intensificaram-se desde que Israel lançou uma ofensiva terrestre em Gaza contra o grupo Hamas, aliado do Hezbollah.
No domingo, um ataque com um drone israelita atingiu um carro civil, matando uma mulher e as suas três netas.
O Hezbollah já garantiu que se Israel matar civis libaneses retaliará de igual forma.
Em 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
No dia 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre que já avançou até à Cidade de Gaza, a principal cidade da Faixa de Gaza.
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