Exército israelita diz que 50.000 civis saíram do norte de Gaza para sul
O Exército de Israel assegurou hoje que 50.000 palestinianos retiraram do norte da Faixa de Gaza em direção ao sul do enclave e pelo segundo dia consecutivo, através de um "corredor humanitário" estabelecido pelos militares.
© Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"50.000 habitantes de Gaza atravessaram no dia de hoje o corredor de evacuação", indicou na rede social X o COGAT, organismo do Ministério da Defesa israelita que controla os assuntos civis nos territórios palestinianos ocupados.
Juntamente com esta mensagem, o organismo publicou uma foto que sugere um grupo de palestinianos em movimento.
"Eles partem porque compreendem que o Hamas perdeu o controlo do norte e que a situação é mais segura no sul. É uma zona segura onde estão disponíveis medicamentos e alimentos", indicou o porta-voz militar Daniel Hagari na conferência de imprensa diária, acrescentando que o "corredor" será de novo aberto na quinta-feira.
De acordo com um comunicado emitido hoje pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas palestiniano, 10.569 pessoas foram mortas nos bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza desde 07 de outubro.
Entre os mortos incluem-se 4.324 crianças e 2.823 mulheres, segundo o organismo.
Do lado israelita, cerca de 1.400 pessoas foram mortas, na maioria civis, no ataque de 07 de outubro e no qual o Hamas sequestrou mais de 240 pessoas, segundo as autoridades israelitas.
O Exército israelita também publicou os nomes de dois soldados mortos nos combates em Gaza, elevando para 33 os militares que morreram em combate desde o início da ofensiva.
Em paralelo, 13 organizações não-governamentais (ONG) apelaram hoje a um "cessar-fogo imediato" na Faixa de Gaza, na véspera de uma conferência internacional humanitária organizada pelo Presidente francês Emmanuel Macron em Paris.
Estas organizações, que incluem os Médicos sem fronteiras (MSF), Amnistia Internacional (AI) ou a Federação internacional para os direitos humanos (FIDH), "apelam a francês Emmanuel Macron e aos chefes de Estado e de Governo presentes na quinta-feira em Paris a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para obter um cessar-fogo imediato", de acordo com um comunicado comum.
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