Membros da Mossad israelita, juntamente com outras agências de segurança internacionais, trabalharam com as forças brasileiras e "frustraram um ataque terrorista no Brasil, que tinha sido planeado pela organização terrorista Hezbollah", segundo um comunicado do governo israelita.
"Tratava-se de uma rede extensa que operava também noutros países" e que pretendia "levar a cabo um ataque contra alvos israelitas e judeus no Brasil", acrescentou.
Hoje, a Polícia Federal brasileira fez buscas em 11 casas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Brasília, e deteve duas pessoas em São Paulo ligadas ao Hezbollah.
Os detidos, cujas identidades não foram reveladas, serão acusados dos crimes de filiação a uma organização terrorista e de atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas são de 15 anos e seis meses de prisão.
Os alegados membros do Hezbollah estavam a tentar recrutar brasileiros para perpetrarem ataques contra a comunidade judaica, disseram fontes policiais que pediram anonimato.
Desde que Israel declarou guerra ao grupo islâmico palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, o Hezbollah e outras milícias pró-palestinianas no sul do Líbano têm-se envolvido em fogo cruzado com as forças israelitas, desencadeando a maior escalada desde 2006 na zona fronteiriça.
O Hezbollah está presente no Brasil, na região da tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina, há pelo menos três décadas, enquanto o Brasil abriga grandes comunidades judaicas e de descendentes de libaneses.
Israel colocou os seus cidadãos e judeus de todo o mundo em alerta para possíveis ataques contra eles no contexto da guerra com o Hamas, que já deixou mais de 1.400 mortos do lado israelita e mais de 10.500 na Faixa de Gaza.
Leia Também: Operação contra membros do Hezbollah que planeavam ataques no Brasil