Fontes da investigação citadas pela agência de notícias espanhola Efe confirmaram a versão de Vidal-Quadras, que se encontra hospitalizado mas fora de perigo e vai ser submetido a uma cirurgia por dupla fratura do maxilar baleado, alegadamente por um sicário, hoje à tarde pelas 13:30 (12:30 de Lisboa) no centro de Madrid.
O ex-dirigente do PP e do Vox, formação de extrema-direita, recordou aos investigadores a sua profunda relação com os exilados iranianos e afirmou não ter "outros inimigos".
Esta versão coincide com a do próprio Conselho Nacional da Resistência do Irão (CNRI) - há muitos anos ligado a Aleix Vidal-Quadras e financiador da campanha do Vox nas eleições de 2014 -- que condenou "energicamente" o ataque sofrido pelo político espanhol, não hesitando em classificá-lo como "terrorista", depois de recordar a animosidade de Teerão em relação a ele.
Shahin Gobadi, membro da comissão de Negócios Estrangeiros do CNRI, recordou num comunicado que "é do domínio público a virulenta inimizade do regime clerical" com Vidal-Quadras, que "foi um dos primeiros políticos" que Teerão incluiu na sua lista de terroristas.
O CNRI financiou em cerca de 80% a campanha do Vox para as eleições europeias de 2014, como admitiu o partido espanhol em 2020.
O grupo sublinhou que nos últimos 25 anos em que se relacionou com ele, Vidal-Quadras "sempre apoiou a luta do povo iraniano pela liberdade e os direitos humanos".
Salientou também o "papel fundamental e inesquecível" que o fundador do Vox desempenhou para que o movimento dos 'Mujahidines' do Povo do Irão fosse retirado da lista de organizações terroristas da União Europeia (UE) e "milhares" dos seus membros fossem protegidos no campo de Ashraf, onde se encontravam no Iraque, e transportados em segurança para fora desse país.
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