"Um morto e vários feridos num ataque que teve como alvo a maternidade do complexo médico Al Shifa", o maior hospital de Gaza, disse Ashraf al Qudra, porta-voz da saúde da Faixa de Gaza.
A mesma fonte adiantou ainda que durante a noite houve outro "ataque direto ao Hospital Al Rantisi, especializado em crianças" e também localizado na cidade de Gaza, provocando um incêndio.
Israel garante que o centro militar e a infraestrutura subterrânea mais importante do Hamas estão localizados sob e ao redor do Hospital Al Shifa, onde têm ocorrido intensos combates nas últimas horas, à medida que as tropas israelitas avançam para a cidade de Gaza.
Médicos e grupos de direitos humanos denunciaram nas últimas semanas os bombardeamentos israelitas em torno de hospitais.
Muitos dos hospitais sofreram danos materiais com os ataques e pelo menos 18 dos cerca de 35 centros hospitalares não funcionam por falta de combustível.
Na semana passada, um ataque israelita em frente ao Hospital al Shifa matou cerca de 15 pessoas.
"Os ataques e bombardeamentos em hospitais (...) são uma loucura criminosa", segundo o gabinete de comunicação do Governo de Gaza, que condenou que "instalações de saúde tenham sido deliberadamente bombardeadas e nelas foram cometidos massacres".
Israel declarou guerra ao Hamas a 07 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islamita Hamas - considerado terrorista pela União Europeia e EUA - que incluiu o lançamento de foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 milicianos que massacraram cerca de 1.400 pessoas - na sua maioria civis - e raptaram mais de 240 pessoas de aldeias israelitas perto de Gaza.
Desde então, o exército israelita tem respondido com bombardeamentos pesados diários na Faixa de Gaza e uma incursão terrestre sem precedentes nos últimos anos, deixando milhares de palestinianos mortos, feridos e desaparecidos, a grande maioria dos quais civis, no meio de uma terrível crise humanitária.
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