Uma unidade de investigação da polícia israelita tem vindo a recolher provas de crimes sexuais cometidos por membros do Hamas nos ataques de 7 de outubro, relatos de testemunhas, assim como em imagens e vídeos dos ataques. No entanto, algumas provas podem estar a perder-se.
De acordo com o Times of Israel, as morgues israelitas, sobrecarregadas de trabalho, não recolheram provas físicas de agressão sexual dos cadáveres, sobrepondo-se a tentativa de identificar as pessoas mortas. Isto porque muitas delas foram mutiladas e queimadas, dificultando o trabalho.
Segundo o jornal, os funcionários das morgues israelitas não estão a designar casos individuais de violações devido à falta de provas físicas que justifiquem uma ação judicial.
Esta decisão de não fornecer provas claras de violação tem alimentado críticas persistentes, sobretudo vindas de outros países, e muitos meios de comunicação social estão agora a enquadrar as violações de 7 de outubro como uma alegação e não como um facto totalmente comprovado.
De recordar que os depoimentos de testemunhas oculares de sobreviventes do massacre do Hamas - no qual cerca de 1.400 pessoas foram assassinadas e 240 foram feitas reféns, a maioria civis - são "horríveis", dá conta aquele jornal. Os abusos sexuais cometidos pelo Hamas incluem alegados atos de violação em grupo, mutilação genital e necrofilia.
O serviço de segurança interna israelita (Shin Bet) terá também divulgado vídeos de interrogatórios em que os membros do Hamas confirmavam ter ordens para violar mulheres judias durante os ataques, revelou ainda.
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