"Devemos investigar e não ignorar as armas nucleares que Israel nega ter. Deve haver uma investigação por parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU e do Tribunal Penal Internacional", disse Erdogan, durante o seu discurso na cimeira conjunta dos países da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica (OCI), que se realizou hoje em Riade, Arábia Saudita.
Já hoje, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tinha pedido mais esclarecimentos sobre esta matéria.
"Devemos lançar luz sobre a questão das armas nucleares, confessada pelos líderes políticos israelitas, e sobre as bombas nucleares que eles escondem da Agência Internacional de Energia Atómica", sublinhou a direção da AIEA, citada pelo jornal turco Hurriyet na sua edição eletrónica.
Erdogan lamentou os padrões duplos dos países ocidentais sobre Israel, dizendo que este país se comporta como um "menino mimado" a quem tudo é permitido.
"Eles estão sempre a falar sobre direitos humanos e liberdades, mas permanecem calados sobre os massacres na Palestina", criticou o líder turco, que acrescentou que Israel atingiu "um nível de barbárie sem precedentes na história, com bombardeamentos de hospitais, escolas e campos de refugiados e massacres de civis".
"Aqueles que permanecem calados diante da opressão são tão culpados pelo sangue derramado quanto os opressores", argumentou Erdogan.
O Presidente turco tem defendido medidas concretas para ajudar a população palestiniana, como a entrega urgente de combustível, e para isso solicitou a criação de um fundo de solidariedade dentro da OCI "para recuperar a região de Gaza".
Erdogan também salienta a necessidade de resolver o conflito através da criação de um Estado palestiniano, para o qual ofereceu a Turquia como garante de qualquer acordo.
"Jerusalém é a nossa linha vermelha. Queremos que Jerusalém, a cidade da paz, e todas as terras palestinas voltem a ser como eram antes", explicou Erdogan, exigindo a Israel uma compensação pelos danos provocados pelos bombardeamentos em território palestiniano.
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