Netanyahu admite possibilidade de acordo para libertar reféns em Gaza
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu hoje a possibilidade de um acordo para libertar reféns detidos pelo Hamas em Gaza e criticou as manifestações pró-Palestina, comparando-as ao apoio ao regime nazi.
© Christophe Ena/Pool via REUTERS
Mundo Israel
Durante uma entrevista à cadeia televisiva norte-americana NBC, Netanyahu disse acreditar na hipótese de haver um acordo para libertação de mulheres, crianças e idosos que estão reféns na Faixa de Gaza, mas aconselhou reserva sobre o assunto.
"Penso que pode acontecer. Mas quanto menos eu falar sobre isso, mas aumentarei a probabilidade de tal suceder", disse o chefe de Governo israelita, acrescentando que esta hipótese se deve aos avanços do seu Exército em Gaza.
Até serem iniciadas as operações terrestres, sublinhou, não se estava perto de um acordo, mas nesse momento houve uma mudança.
"Colocar pressão sobre os líderes do Hamas é o que pode produzir um acordo. E se um acordo vier a ser possível, falaremos sobre isso quando acontecer", acrescentou o primeiro-ministro.
Os militares israelitas estimam que cerca de 240 pessoas (incluindo pelo menos 30 menores) foram feitas reféns na Faixa de Gaza durante o ataque inicial do Hamas, em 07 de outubro.
Sobre a ajuda humanitária em Gaza, Netanyahu garantiu que Israel se ofereceu para entregar combustível ao hospital Al Shifa, que ficou hoje inoperacional por falta de energia.
Relativamente às manifestações pró-palestinianas que se repetem em cidades de numerosos países, Netanyahu comparou-as ao apoio ao regime nazi da Segunda Guerra Mundial.
"É como na Segunda Guerra Mundial. Os Aliados estavam a lutar contra os nazis [...]. Eles foram para as cidades alemãs. Os nazis estavam escondidos em bairros civis e os civis estavam a morrer. E contra quem estão a protestar? Contra os nazis ou contra os Aliados?", interrogou o líder israelita.
"Quem protesta a favor do Hamas está a apoiar o puro mal. Há muitas pessoas que não conhecem os factos. Estamos a falar de pessoas que atacaram deliberadamente civis, que estupraram e assassinaram mulheres, que decapitaram homens, que queimaram bebés vivos", argumentou, na entrevista televisiva.
Em declarações ao jornal The Times of Israel, e comentando as palavras do ministro do Património Israelita, Amichai Eliyahu, que esta semana admitiu o lançamento de uma bomba atómica em Gaza, como uma das opções militares, o primeiro-ministro aconselhou sensatez nas posições públicas.
"Cada palavra tem um significado, quando se trata de diplomacia. [...] Temos de ser sensatos", considerou.
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