A prisão ocorreu no domingo, no Rio de Janeiro, segundo comunicado oficial da Polícia, que não cita o Hezbollah nem oferece mais detalhes sobre o detido.
Na última quarta-feira, a autoridade policial realizou a Operação Trapiche e prendeu dois suspeitos de integrarem o Hezbollah que estariam recrutando pessoas no Brasil.
Num comunicado, a Polícia Federal informou que a ação serviu para interromper "atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país".
Agentes da Polícia Federal cumpriram dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela subsecção judiciária de Belo Horizonte, nos estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
Depois da operação, o Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o serviço de informações estrangeiro israelita, Mossad, colaborou com o Brasil para frustrar o ataque arquitetado pelo Hezbollah.
Estas declarações causaram desconforto entre as autoridades brasileiras e receberam resposta da Polícia Federal e do Ministro da Justiça, Flávio Dino, que esclareceu que as investigações começaram antes do início da atual guerra entre Israel e o grupo islâmico palestiniano Hamas.
O grupo armado Hezbollah, de fé xiita, tem o apoio do Irão e é inimigo declarado de Israel, país que ataca com projéteis desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O Hezbollah está presente no Brasil, na área da tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina, há pelo menos três décadas.
Leia Também: Lula aprova lei de quotas raciais e sociais em universidades no Brasil