Parlamento líbio altera lei de 1957 que criminaliza relações com Israel

O Parlamento líbio aprovou, por unanimidade, várias alterações a uma lei implementada em 1957 que criminaliza as relações com Israel, semanas depois de exigir a saída imediata dos embaixadores dos países que "apoiam os crimes da entidade sionista".

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Lusa
14/11/2023 06:53 ‧ 14/11/2023 por Lusa

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Líbia

O texto aprovado pune os cidadãos que viagem de ou para Israel e que mantenham relações com pessoas físicas ou jurídicas com penas até cinco anos de prisão e multas até 10.000 dinares (cerca de 1.900 euros), de acordo com a agência de notícias estatal Lana.

No caso das pessoas coletivas que violem esta lei, esta prevê sete anos de prisão, a destituição de cargos de gestão e a privação dos seus direitos civis.

No final de outubro, a Câmara dos Representantes, com sede em Tobruk (leste), apelou à cessação das exportações de petróleo e gás caso continuem os bombardeamentos contra a Faixa de Gaza, na sequência da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Em agosto, o Governo de Unidade Nacional (GUN) demitiu a ministra dos Negócios Estrangeiros, Najla Mangush, após uma controversa reunião com o seu homólogo israelita, Eli Cohen.

Najla Mangush descrever a conversa como "acidental e não oficial", mas a situação provocou protestos furiosos de cidadãos que pedirem a sua demissão.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel descreveu então esta reunião como histórica e referiu que "foi o primeiro passo para uma relação entre Israel e a Líbia", no âmbito dos Acordos de Abraham, para normalizar as relações diplomáticas com os estados árabes, tal como os Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Marrocos tinham feito até agora.

O país do Magrebe está dividido em duas administrações rivais: o GNU de Abdelhamid Dabeiba, reconhecido internacionalmente e com sede em Trípoli (oeste) e o executivo de Benghazi, eleito pelo Parlamento e liderado por Osama Hamad.

Israel tem bombardeado Gaza incessantemente, por ar, terra e mar, há mais de cinco semanas, em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro no seu território pelo Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.

Desde 07 de outubro, os bombardeamentos israelitas mataram 11.240 pessoas, a maioria civis, incluindo 4.630 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos do lado israelita, a maioria civis mortos em 07 de outubro, segundo os últimos dados oficiais israelitas.

Leia Também: Mortos 5 palestinianos em confrontos com forças israelitas na Cisjordânia

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