Até agora, o ministro da defesa de Israel, cargo atualmente ocupado por Yoav Gallant, não tinha autoridade independente para declarar terroristas indivíduos ou organizações.
Além disso, os não israelitas só poderiam ser considerados terroristas se uma entidade internacional qualificada fizesse primeiro a designação.
A nova lei, aprovada no Parlamento israelita (Knesset) e que modifica a Lei Antiterrorismo existente em Israel, também amplia a definição de terrorismo para incluir pessoas que participam ativamente no financiamento ou equipamento de uma organização considerada terrorista, mesmo que não sejam membros oficiais desta.
O Gabinete Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo do Ministério da Defesa de Israel impõe sanções financeiras contra organizações terroristas, ferramenta que considera eficaz na luta contra o terrorismo.
A nova lei é aprovada depois de mais de um mês de guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, considerado terrorista pelo Estado judeu, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Israel tem bombardeado Gaza incessantemente, por ar, terra e mar, há mais de cinco semanas, em resposta ao ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro no seu território pelo Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.
Desde 07 de outubro, os bombardeamentos israelitas mataram 11.240 pessoas, a maioria civis, incluindo 4.630 crianças, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos do lado israelita, a maioria civis mortos em 07 de outubro, segundo os últimos dados oficiais israelitas.
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