O exército israelita divulgou um vídeo, na segunda-feira, do que disseram ser a prova de que o porão de um hospital da Cidade de Gaza foi usado pelo grupo terrorista Hamas para esconder armas e possivelmente manter reféns sequestrados.
"O Hamas esconde-se em hospitais. Hoje, vamos expor isso ao mundo", revelou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), o contra-almirante Daniel Hagari, durante um vídeo onde mostra o local, citado pelo The Times of Israel.
Falando em inglês, Hagari apresentou o que considera serem provas que mostram que as armas do Hamas estão armazenadas debaixo do hospital pediátrico de Rantisi, em Gaza, bem como salas aparentemente utilizadas para manter reféns.
Numa sala de estar, as cortinas das janelas cobriam uma parede de azulejos e havia um calendário dos turnos dos guardas a partir de 7 de outubro, o dia em que o Hamas enviou milhares de terroristas para Israel, onde massacraram cerca de 1.200 pessoas e fizeram reféns outras cerca de 240.
Noutra das salas, pode ainda ver-se uma cadeira com um roupão de mulher e uma corda perto de uma das pernas, o que Hagari alega ser como resultado das restrições usadas pelo grupo de militantes.
"Isto é um crime de guerra, isto é um crime contra a humanidade", afirmou Hagari, acusando organizações internacionais que financiam os hospitais de incitarem ao terrorismo.
Havia ainda uma mota que Hagari acusou servir para transportar reféns para Gaza, bem como o que pareciam ser casas de banho improvisadas, uma cozinha e canos de ventilação.
Israel continua a investigar se reféns foram de facto mantidos no local, com equipas forenses enviadas para lá segunda-feira, informou o porta-voz da (IDF).
A divulgação deste vídeo do exército israelita ocorre durante intensos ataques ao principal hospital de Gaza, al-Shifa, que Israel afirmar estar no topo de um centro de comando do Hamas, usando os pacientes do hospital como escudos humanos.
Hamas desmente acusações de Israel. "Propaganda enganosa"
Ghazi Hamad, um alto funcionário do Hamas, rejeitou as alegações israelitas de que o hospital al-Shifa era um posto de comando para combatentes, descrevendo as alegações como "propaganda falsa e enganosa".
"As forças de ocupação não têm provas. Nunca utilizámos civis como escudos humanos porque isso vai contra a nossa religião, moralidade e princípios", referiu Hamad, citado pelo Al Jazeera.
Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, deu ainda conta que o hospital convidou repetidamente organizações internacionais para visitar al-Shifa para confirmar a sua neutralidade, mas não recebeu resposta.
Israel afirma que o Hamas opera dentro de al-Shifa e abaixo dela em bunkers, mas, no entanto, não divulgou nenhuma evidência atual que apoie isso.
Veja o vídeo divulgado pelo exército israelita na galeria acima.
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