"Penso que nem o Irão nem o Líbano querem envolver-se nessa crise", disse Lavrov, numa entrevista ao canal televisivo estatal russo RT, referindo-se ao conflito entre Israel e o Hamas, que se iniciou em 07 de outubro, após o ataque nesse dia do grupo islamita em território israelita.
O chefe da diplomacia russa acrescentou que, embora "o Irão e outros países não tenham intenção de levar a situação a uma guerra em grande escala", a contenção não deve ser interpretada como um sinal de fraqueza.
"Se esta contenção for interpretada como fraqueza, como luz verde para fazerem o que quiserem em Gaza, isso seria um grande erro", avisou Lavrov.
O ministro russo acrescentou que a criação de um Estado palestiniano é inevitável do ponto de vista histórico, apesar de não atrair agora a atenção dos meios de comunicação social.
Na opinião de Lavrov, a principal tarefa agora é a cessação das hostilidades na zona de conflito e a solução dos problemas humanitários da população local.
Um segundo grupo de cidadãos russos retirados de Gaza, composto por 98 pessoas, chegou a Moscovo na terça-feira a bordo de um avião do Ministério de Emergências russo.
No total, cerca de mil pessoas pediram a Moscovo que as retirassem do enclave, de acordo com uma informação divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Esta é a terceira vez que a Rússia realiza uma operação de retirada em massa dos seus cidadãos da Faixa de Gaza, depois de terem realizado essa tarefa em novembro de 2012 e em maio e junho de 2021.
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