Esta é uma das conclusões a que chegaram especialistas do Instituto de Estudos Económicos Internacionais de Viena (WIIW) e da Fundação Alemã Bertelsmann (Gütersloh).
Se a Ucrânia aderisse hoje, a economia da UE aumentaria 1% e a sua população 9%, um efeito comparável ao da entrada da Polónia há quase 20 anos, e não seria uma sobrecarga para os 27, destaca a WIIW num declaração reproduzida pela agência EFE.
As taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ucraniano anteriores à invasão russa, que ultrapassaram a média da UE em 12 dos 19 anos do período entre 2000 e 2019, sugerem que, após o fim da guerra, a Ucrânia teria a capacidade de recuperação rápida, acrescenta.
A atual estrutura económica da Ucrânia, dominada pela agricultura e pela mineração, assemelha-se muito à da Polónia antes da sua entrada na UE (2007), e a perspetiva de um futuro na União deverá impulsionar um maior desenvolvimento.
"O pré-requisito para isso, no entanto, é a vontade política necessária nas capitais da UE para aproveitar o potencial da Ucrânia", afirma Miriam Kosmehl, economista da Bertelsmann, numa nota citada pela EFE.
Os especialistas reconhecem que o país ainda tem um longo caminho a percorrer na luta contra a corrupção e nas reformas do sistema judicial necessárias para oferecer quadros jurídicos fiáveis, uma das principais chaves para atrair investimentos diretos do exterior.
Outro problema que, admitem, pode impedir o desenvolvimento necessário é o sangramento da população em idade ativa que a guerra está a causar, tanto pela perda de vidas em combate como pela forte emigração.
Segundo outro estudo das mesmas entidades publicado em julho deste ano, a Ucrânia terá cerca de 35 milhões de habitantes em 2040, cerca de 20% menos do que antes do início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
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