O líder político da Aliança Atlântica inicia a sua viagem em Sarajevo, onde terá no domingo um jantar de trabalho com os membros da presidência tripartida da Bósnia-Herzegovina.
Na segunda-feira, ainda em Sarajevo, reúne com o alto representante para a Bósnia-Herzegovina, Christian Schmidt, e à tarde é esperado no Kosovo, onde se encontrará com o Presidente, Vjosa Osmani, e o primeiro-ministro, Albin Kurti, bem como com o comandante da missão da NATO no Kosovo (KFOR).
Na terça-feira, Stoltenberg fará uma paragem na Sérvia para se encontrar com o Presidente Aleksandar Vucic e a primeira-ministra Ana Brnabic, antes de viajar para a Macedónia do Norte, onde reúne com o Presidente Stevo Pendarovski e pelo primeiro-ministro Dimitar Kovacevski.
Stoltenberg encerrará a sua visita a Skopje na quarta-feira, com uma reunião com os líderes da NATO nos Balcãs, incluindo a Macedónia, mas também a Albânia, Montenegro, Croácia e Eslovénia.
O líder norueguês visitará o Kosovo e a Sérvia num contexto de tensões acrescidas entre estes dois vizinhos dos Balcãs.
O Kosovo, povoado por mais de 95% de albaneses, proclamou a sua independência da Sérvia em 2008, o que a Sérvia não reconhece. Atualmente, cerca de 50.000 sérvios vivem no norte do Kosovo sem reconhecer a independência do país.
As tensões entre o Kosovo e a Sérvia mantêm-se extremamente elevadas desde o ataque de 24 de setembro por um grupo armado de militares sérvios no norte do Kosovo, que matou um polícia kosovar numa emboscada perto da fronteira com a Sérvia.
Em maio, as relações agudizaram-se com a instalação de presidentes de câmara albaneses em quatro cidades do norte do Kosovo de maioria sérvia. Estes presidentes tinham sido eleitos em abril, em eleições municipais boicotadas pelos sérvios do Kosovo.
Os sérvios do Kosovo saíram então à rua para impedir os novos presidentes de câmara de exercerem as suas funções. Noventa e três soldados da KFOR ficaram feridos nos confrontos com os manifestantes, segundo a NATO, que, em resposta, aumentou o número de tropas no terreno.
A União Europeia, com o apoio dos Estados Unidos, faz a mediação das negociações para que os países normalizem as suas relações, que têm vindo a degradar-se desde o ano passado.
No mês passado, os líderes europeus não conseguiram fazer progressos nas conversações com ambas as partes.
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