A Conferência Industrial de Defesa será realizada em 6 e 7 de dezembro, com a participação de representantes do setor privado e dos governos norte-americano e ucraniano, anunciou, em comunicado, Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
"A conferência faz parte dos esforços do governo dos EUA para aumentar significativamente a produção de armas para apoiar a luta da Ucrânia pela sua liberdade e segurança", frisou Watson, citada pela agência Efe.
Neste evento irão participar representantes do Conselho de Segurança Nacional e dos departamentos do Comércio, Defesa e Estado, além dos homólogos ucranianos.
Os Estados Unidos são o maior doador de assistência militar à Ucrânia, com mais de 43,9 mil milhões de dólares entregues desde o início da invasão ordenada pelo Presidente russo Vladimir Putin.
No entanto, os republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes dos EUA, tornaram-se cada vez mais céticos em continuar a financiar armas para a Ucrânia.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky alertou esta quinta-feira que a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas levou a uma desaceleração nas entregas de armamento à Ucrânia.
Israel, que conta com o apoio militar dos Estados Unidos, tem bombardeado incansavelmente a Faixa de Gaza desde que os combatentes do Hamas massacraram centenas de civis num ataque sem precedentes no início de outubro.
Zelensky saudou, no entanto, os esforços feitos pelos Estados Unidos para aumentar a produção deste tipo de munição.
"Não é como se os Estados Unidos tivessem dito: não damos nada à Ucrânia. Não! Temos relações sérias e muito poderosas", assegurou Zelensky, citado pela agência France-Presse (AFP).
"É normal, todos estão a lutar para sobreviver. Não estou a dizer que é algo positivo, mas é a vida e temos que defender o que é nosso", frisou.
Por seu lado, a Alemanha realçou esta semana que a União Europeia (UE) não ia cumprir a meta de enviar um milhão de projéteis de artilharia para a Ucrânia, apesar dos esforços.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 20 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
A invasão -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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