De acordo com o IDF, o Exército "acedeu ao pedido do diretor do Hospital al-Shifa para permitir que outros habitantes de Gaza que se encontravam no hospital e desejavam sair o fizessem por via segura".
"Em nenhum momento o Exército ordenou a retirada de pacientes ou de equipas médicas e, de facto, propôs que qualquer pedido de retirada médica fosse facilitado pelo Exército", refere o comunicado militar.
Anteriormente, o ministério da Saúde de Gaza, controlado pela ala política do Hamas, informou: "O Exército de ocupação dá aos médicos, pacientes e pessoas deslocadas a possibilidade de saírem do hospital al-Shifa em Gaza no prazo de uma hora".
O chefe do departamento de Ortopedia, Adnan al-Bursh, citado pelo ministério, disse que a ordem tinha criado um "grave estado de pânico e medo" dentro do hospital e sublinhou que os médicos não deixariam o hospital sem os pacientes.
Entretanto, o diretor-geral da saúde de Gaza, Munir al-Bursh, denunciou que as tropas israelitas retiraram corpos da morgue do hospital, bem como do cemitério escavado no interior do perímetro da instalação médica.
De acordo com as Nações Unidas, há atualmente 2.300 pacientes, prestadores de cuidados e pessoas deslocadas nestas instalações, e a preocupação internacional com o seu destino é cada vez maior.
Israel insiste que o Hamas, que detém o poder em Gaza desde 2007, está a utilizar o hospital como base militar.
O Exército israelita afirma que o al-Shifa esconde um centro de comando do Hamas e é, por isso, um alvo militar.
Nos últimos dias, cercou o local e efetuou várias incursões limitadas às suas instalações, nas quais afirma ter descoberto armas e um túnel utilizado pelo grupo islamita Hamas.
Em 07 de outubro, o movimento islamita Hamas desencadeou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram mais de 12 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.
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