O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita reiterou a "total rejeição dos ataques sistemáticos contra civis", e exigiu um "cessar-fogo imediato" para garantir a proteção de civis, as instalações de socorro e seus trabalhadores.
No mesmo comunicado, referiu a necessidade de ativar mecanismos internacionais de prestação de contas pelo que descreveu como as contínuas "violações israelitas" do direito internacional humanitário e as resoluções internacionais de legitimidade.
O Egito também condenou o "horrível bombardeamento efetuado pelas forças de ocupação israelitas" contra a escola, definido como "uma nova violação flagrante" que representa "outro crime de guerra que requer investigação e responsabilizar os seus autores".
Este ataque constitui "um insulto deliberado às Nações Unidas, suas organizações de socorro e os seus dignos objetivos humanitários", indicou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.
O Catar assinalou que "este crime brutal contra civis indefesos" é "uma violação flagrante dos princípios do direito internacional e do direito internacional humanitário".
Também advertiu que "o silêncio da comunidade internacional sobre os crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pela ocupação contra o povo palestiniano aumentará a tensão, ampliará o ciclo de violência e conduzirá a uma maior escalada e instabilidade", uma posição semelhante à divulgada pela Jordânia.
Após a divulgação deste novo ataque, o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, exigiu o fim dos bombardeamentos contra as instalações da sua organização na Faixa de Gaza, onde estão refugiadas milhares de pessoas desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
Esta escola está localizada no campo de refugiados de Jabalia, cuja retirada imediata dos seus ocupantes foi exigida pelo Exército israelita, que impôs algumas horas para abandonarem esta e outras zonas da cidade de Gaza, no norte da Faixa.
O hospital indonésio recebeu dezenas de mortos na sequência deste ataque, na maioria mulheres e crianças.
O Al Fajura já foi alvo de um ataque israelita em 04 de novembro, que provocou dez mortos e cerca de 50 feridos.
A Faixa de Gaza está submetida a um cerco total por Israel desde 09 de outubro, com a população privada do fornecimento de água, eletricidade, alimentos e medicamentos.
Uma parte desta população refugiou-se no sul, perto da fronteira egípcia, mas centenas de milhares permanecem no meio dos combates, no norte do enclave. Segundo diversas organizações não-governamentais (ONG), a situação é desastrosa para a população.
Na Faixa de Gaza, onde Israel afirma pretender "aniquilar" o Hamas, os bombardeamentos israelitas em represália pelo ataque de 07 de outubro já provocaram a morte de mais de 12 mil pessoas, na maioria civis, incluindo cerca de 5.000 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
De acordo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 pessoas foram mortas em Israel no ataque do Hamas em 07 de outubro, incluindo cerca de 350 militares e polícias.
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