A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou, este sábado, uma "missão de reconhecimento de alto risco" no hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, revelou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que considerou que a situação é "insuportável e injustificável".
Segundo o responsável, a "equipa viu um hospital que já não tem condições para funcionar: sem água, sem alimentos, sem eletricidade, sem combustível, com o material médico esgotado".
"Dada esta situação deplorável e o estado de muitos doentes, incluindo bebés, os profissionais de saúde solicitaram apoio para retirar os doentes que já não podem receber cuidados vitais no hospital", acrescentou.
Tedros Adhanom Ghebreyesus revelou ainda que a OMS está a "trabalhar com parceiros para desenvolver um plano de evacuação urgente" e pediu "que este plano seja totalmente facilitado".
"Continuamos a apelar à proteção da saúde e dos civis. A situação atual é insuportável e injustificável", considerou.
Today @WHO led a very high risk @UN assessment mission to Al-Shifa hospital in #Gaza.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) November 18, 2023
The team saw a hospital no longer able to function: no water, no food, no electricity, no fuel, medical supplies depleted.
Given this deplorable situation and the condition of many patients,…
Sublinhe-se que o Exército israelita afirma que o hospital al-Shifa esconde um centro de comando do Hamas e é, portanto, um alvo militar. Suspeita ainda que o grupo islamita tenha ali escondido os reféns que raptou em Israel em 7 de outubro.
O hospital está praticamente fora de serviço há dias devido a um corte de energia e à falta de combustível por causa do cerco israelita.
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