"Em vez de enviar dinheiro para reconstruir Gaza ou para a fracassada UNRWA [a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos], a comunidade internacional podia ajudar a financiar o realojamento e ajudar os habitantes de Gaza a construir as suas novas vidas nos seus novos países de acolhimento", lê-se num texto de Gila Gamliel publicado hoje no jornal Jerusalém Post.
Gamliel, membro do Likud, o partido do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defende esta solução por considerar que "todas as outras falharam", nomeadamente a retirada dos colonatos da Faixa de Gaza e a "construção de muros altos na esperança de manter os monstros do Hamas fora de Israel".
"Seria uma situação em que todos ganhariam: para os civis de Gaza, que querem uma vida melhor, e para Israel, depois desta terrível tragédia", afirmou a ministra.
O movimento islamita Hamas lançou, a 07 de outubro,um ataque surpresa contra Israel, com milhares de foguetes e milicianos armados, fazendo mais de 1.200 mortos e 240 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram entre 16 mil e 12 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.
A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.
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