O pai de uma menina de nove anos feita refém pelo Hamas afirmou que está a fazer tudo o que pode para garantir que a sua filha Emily Hand regresse a casa.
Visivelmente emocionado, Thomas Hand revela, em declarações à Sky News, que pensou inicialmente que a menina, que tinha ido dormir a casa de um amigo, tinha sido assassinada no dia 7 de outubro. Contudo, mais tarde, foi-lhe dito que tinha sido raptada e levada para Gaza.
Descrevendo o dia dos ataques do Hamas, Thomas diz que acordou com o som dos bombardeamentos e foi para um abrigo - o que já era bastante comum no kibutz israelita de Be'eri. Quando começou a ouvir tiros é que percebeu que algo estava "diferente".
"Havia cerca de 400 terroristas à solta no nosso kibutz, a matar e a disparar. Não havia como sair da minha casa. Não podia ir salvá-la", conta, em lágrimas, explicando que Emily estava numa casa a cerca de 200 metros de distância.
O homem declarou ainda que está na "fase de culpa do luto" e quer dizer à filha que "lamenta não a ter podido proteger".
"Estamos à tua espera", termina.
De recordar que o Qatar confirmou que as negociações para a libertação dos prisioneiros capturados pelo Hamas estão no seu "ponto mais próximo" e atingiram a "fase final".
"Estamos no ponto mais próximo que alguma vez estivemos para chegar a um acordo", afirmou Majed al-Ansari.
O Qatar, juntamente com os Estados Unidos e o Egito, está a mediar as conversações entre as partes com o objetivo de libertar os cerca de 240 reféns raptados em troca de um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza, um esforço que até agora conduziu à libertação de quatro reféns.
Anteriormente, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, já tinha dito que se "aproxima da conclusão de um acordo de tréguas" na Faixa de Gaza.
A transferência seria feita por etapas, numa troca diária de dez reféns israelitas por 30 prisioneiros palestinianos, e incluiria a entrada de alimentos, ajuda médica e combustível e, sobretudo, uma "trégua humanitária renovável de cinco dias".
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