Segundo o Alto Comissários das Nações Unidas o para Refugiados (ACNUR) e as autoridades locais, na noite de terça-feira para hoje, cerca de 219 refugiados - incluindo 91 mulheres e 56 crianças - desembarcaram numa praia da ilha de Sabang, próxima da ilha de Sumatra.
Com estas chegadas, eleva-se para mais de mil pessoas da minoria rohingyas a desembarcarem na província de Aceh em apenas uma semana.
"O autarca informou-nos do desembarque de 200 pessoas", disse Faisal Rahman, que trabalha com o ACNUR, à agência de notícias AFP.
Os rohingyas são uma minoria muçulmana perseguida em Myanmar (ex-Birmânia) e milhares deles arriscam as suas vidas todos os anos em longas e dispendiosas viagens marítimas, muitas vezes a bordo de barcos improvisados, para tentar chegar à Malásia ou à Indonésia.
Tal como na semana passada, quando os residentes de Aceh recusaram repetidamente um barco proveniente do Bangladesh, membros da comunidade local ameaçaram enviar de volta ao mar estes refugiados, que acabaram por passar a noite na praia.
O ACNUR pediu ao autarca de Sabang que encontrasse abrigo para estes rohingyas, mas a população local rejeita acolher mais refugiados desta minoria e pediu a transferência imediata destes para outro local.
De acordo com a agência da ONU, mais de 2.000 rohingyas tentaram a difícil travessia para a Indonésia ou Malásia em 2022 e cerca de 200 morreram ou desapareceram.
O Bangladesh alberga cerca de um milhão de membros desta minoria muçulmana apátrida, cerca de 750 mil dos quais fugiram da Birmânia em 2017.
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