Israel. Reino Unido espera que acordo alivie crise humanitária
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e o líder da oposição britânica, Keir Starmer, saudaram hoje o acordo entre Israel e o Hamas para a libertação de reféns, afirmando tratar-se de uma oportunidade para aliviar a crise humanitária.
© Reuters
Mundo Israel
"Congratulamo-nos com o acordo alcançado durante a noite para uma pausa humanitária em Gaza", afirmou Sunak, no início do debate semanal na Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento britânico).
"Trata-se de algo que temos defendido sistematicamente e que constitui um passo crucial para pôr fim ao pesadelo das famílias dos que foram feitos reféns no ataque terrorista do Hamas e também para responder à crise humanitária em Gaza", vincou o chefe do Governo.
O acordo, alcançado com a mediação do Qatar, com o apoio do Egito e dos Estados Unidos, prevê a libertação de 50 reféns detidos na Faixa de Gaza, em troca de 150 prisioneiros palestinianos e uma trégua de quatro dias no território.
Cerca de 240 pessoas foram raptadas no dia do ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que fez 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, a Faixa de Gaza tem sido alvo de ataques israelitas em retaliação, que mataram mais de 14.000 pessoas, segundo o Hamas. As autoridades israelitas também impuseram cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza.
Na intervenção parlamentar, Sunak destacou o "papel importante do Qatar" nas negociações da trégua entre Israel e o movimento islamita Hamas.
No entanto, instigado pelo Partido Nacional Escocês (SNP) a defender um cessar-fogo permanente por parte de Israel, o governante reiterou a defesa de "pausas humanitárias", porque um "cessar-fogo unilateral teria encorajado e fortalecido o Hamas".
O líder da oposição britânica, o trabalhista Keir Starmer, que tem estado sob pressão dentro do partido por apoiar publicamente um cessar-fogo por parte das forças militares israelitas, reiterou o apelo para que o Hamas "liberte imediatamente todos os reféns".
"Esta pausa humanitária deve ser utilizada para libertar os reféns em segurança, para fazer face à catástrofe humanitária urgente e inaceitável em Gaza e para avançar no sentido de uma cessação total das hostilidades", salientou Starmer.
O trabalhista lamentou ainda que "nos últimos anos, a comunidade internacional tenha tratado a solução dos dois Estados como um 'slogan' e não como uma estratégia séria" para a região do Médio Oriente.
"Isso tem de mudar agora", defendeu Keir Starmer.
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